Sempre no fim do ano...
Leio nos seus lábios as palavras que marejam meus olhos...
Leio nos seus olhos outro mundo a minha espera
me confundo..
Me fundo a você em um movimento delicadamente forte
me desmancho, deságuo...desidrato
Falo palavras sussurradas que só você entende
E me entende...me espera e me deixa
Eu sofro, morro e tento reviver para mais um dia sem você!
Comentários
São como flores em um jardim francês
ou barquinhos de oferendas em mares do sul?
Aqui, esculpidas em mármore negro
ecoam apenas a cadência de dedos frios
ou foram íntimas de batons vermelhos?
Conheceram a luz do Sol
ou aconchegaram-se no lençol de seda do céu da sua boca?
São palavras que sussuram palavras
e convidam os ouvidos masculinos
a trilhar o caminho inverso...
A seguir no ar o perfume de romance
E quando escutar o tom suave da sua voz
Deslizar a língua pelo batom vermelho
Deixar que os dedos sigam a música
e levem recados a todos os seus cantos
Outras palavras terão de esperar
Sob os lençóis se fala com movimentos
de flores ao vento no jardim francês
ou de barquinhos nos mares do sul...